segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Crônicas de uma Vida Real #1

Crônica de hoje: "Namoro em tempos de Ana Carolina",
por Mugu.

Acho que escutei Ana Carolina demais. De "Entreolhares" a "Combustível", de "Carvão" a "Vai", de "Garganta" a "Elevador". Todas essas músicas sempre quiseram me dizer algo. E eu vivi um relacionamento de três meses em que boa parte da discografia dela poderia caber tranquilamente. Mas "Combustível" com certeza era a música mais certeira disso tudo. Vou explicar, colocando trechos da música:

"Fiz de você meu combustível
Meu horizonte, meu abrigo
E num momento mais sensível
Quis ter você sempre comigo"

Esse é claramente o começo do relacionamento. Depois de meses sozinha, procurando algo em que me segurar, encontrei a pessoa que parecia ser perfeita para mim. Ele era ótimo. Família boa, bons amigos, muitos amigos em comum. Gostos parecidos, ideias malucas parecidas. A vontade de ir para a praia com aquela preguiça que nos deixava em casa. Histórias que se complementavam. Mil sinais, mil coincidências, até no mapa astral. Parecia escrito nas estrelas. Eu, vulnerável que estava, o coloquei na minha vida sem pensar duas vezes.

"Não vou deixar cair o nível
Te transformando num castigo
Eu, que pensei ser invencível
Não me dei conta do perigo"

Tudo foi se transformando aos poucos. Não conversávamos tanto, mas conversávamos. E tinha qualidade a conversa. Não no nível que eu gostaria, afinal, gosto de profundidade, debate... e ele evitava quaisquer conflitos. Quando digo quaisquer, era no nível de discordar de mim, eu argumentar e ele concordar como se nunca tivesse discordado. Aquilo soou um alarme, mas, estando ainda vulnerável, apenas dei de ombros. Mal sabia eu que isso seria um fator decisivo para a próxima estrofe.

"Sei que fui fanática, suicida
Abri mão da própria vida
Fui refém e fui bandida
Por querer te amar demais"

Como dizer que se ama alguém em três meses? Simples: force-se. Force um amor. Forge sentimentos. Transforme o medo de ficar sozinha em paixão. Isso é possível! Acontece sempre. Quando me vi prestes a ficar sozinha novamente, quase criei uma religião por ele. Só pensava nisso. Ficava em casa, esperando uma mensagem. Só não me afastei dos amigos, porque nem todos deixaram. Os que deixaram, sinto muito, partiram. Mas não eram tão próximos, então, acredito que era algo natural. O problema é: enquanto eu abria mão de tudo, ele não abria mão de nada. Muito pelo contrário, ele tinha essa opção de viver a própria vida. E vivia. Exceto quando não queria. Aí, ficava em casa. Eis que cometi um dos meus primeiros erros:

- É normal você gostar mais de ficar em casa enquanto as pessoas te chamam para sair. Quando for assim, pode falar que vem na minha casa.

Nunca falem algo assim para, ninguém. Porque, ao final, a resposta será sempre a mesma. A pessoa te usará tanto como desculpa, que acreditará que a culpa é sua mesmo. Ou melhor, sejamos mais sinceros aqui. Ela jogará a culpa em você. Toda vez que meu ex tinha um show, eu perguntava se poderia ir junto. Ele falava que não, depois dizia que não queria mais ir. Coincidência? Não acho. Pois, ao final do relacionamento, ele me mandou a seguinte frase:

- Você não me deixa sair de casa.

Esta é uma acusação grave, pessoas. Pensem antes de fazê-la. Se a pessoa desiste de ir a algum lugar só porque você quer ir, há algo estranho. E não era simplesmente um "não quero mais ir". Ele mudava, completamente. Ficava de mau humor. Uma amiga nossa queria ir conosco ao show do Sepultura que teria em nossa cidade, ele fechou a cara na hora, não respondia mais a nada. E eu quem não o deixava sair? De repente, o lugar parecia mais a porta do inferno, não é? Não. O problema era eu ir junto.

De repente, as coisas que tínhamos em comum se tornaram um fardo, e ele teve que apostar nas diferenças. Teve que começar a me culpar por tudo. Sumir do nada. Dar "bom dia" e "boa noite" por educação. Parar aos poucos de dar bom dia. E eu, cada vez mais dividida entre o grito de liberdade e me segurar naquela que parecia ser minha única chance.

"Quase entrei num beco sem saída
Mas depois da despedida
Volto ao ponto de partida
Pra encontrar o amor"

O afastamento era mais que provável. Aliás, era um fato. Ele me pediu um tempo. Dizia que não estava contente. Mas eu ainda estava confiante de que tudo melhoraria. E fui muito... tola. Acho que é a palavra mais adequada.

"Não tenho mais alternativa
Esqueça o que você me deve
Não quero mais ter recaída
Melhor pensar que não me serve"

Descobri que, dez dias depois do nosso afastamento, ele estava com outra pessoa. Mas não descobri nos dez dias, descobri três semanas depois. Fui reaver minhas coisas na casa dele, ele não estava. A mãe dele me contou tudo: ele mentiu para todos. Disse que eu quem terminei, tirei meu status do Facebook, que estava tudo bem. Mas não estava. Eu não estava bem. Ele começou com a outra garota no mesmo dia em que me pediu em namoro. Eles saíam, tiravam fotos, ele a levava para os cantos. Coisas que, em três meses, nem pensou direito em fazer comigo. Parecia que eu valia... escondida.

Só que... desculpa, eu não sou a pessoa que merece ser escondida. Na verdade, gosto demais de mim para achar que merecia só aquilo que ele me dava. Aquilo não era suficiente. Aceitei migalhas enquanto dava tudo de mim. E aquela foi a última vez.

"Me machuquei, mas estou viva
Tudo que é seu vou devolver
Embora eu esteja prevenida
Preciso parar de te ver"

Foi difícil durante um tempo. Por conta da ansiedade, ir aos lugares que mais frequentamos me causava ataques de pânico, mesmo acompanhada. Tentei manter a compostura sempre, mas o tanto que evitei um dos meus lugares favoritos era praticamente infantil. Eu ia já com a ideia de que a gente acabaria dando um encontrão, e teria que fingir que não vi ou haveria briga. O problema foi começar a me assustar toda vez que uma pessoa parecida com ele passava por perto. Fale sobre humilhação...

Foi então que resolvi assumir para mim mesma: eu ainda estava fraca demais. Foram só três meses, isso nunca me afetou antes, mas estava me afetando. Qual seria o motivo? Recebi uma resposta na mesma hora: amor próprio. Me olhei no espelho. Nunca fui a pessoa mais vaidosa, mas tinha meus cuidados, e nem eles estava fazendo.

Se havia jurado nunca mais aceitar migalhas, tive que parar de me dar migalhas. Me tratar como resto. E mais: precisei fazer um passo a passo. Ouvi dizer que temos que pagar o preço de um relacionamento... vivi três meses, tinha que pagar 10% disso. Noventa dias de relacionamento, nove dias de luto. Nove passos.

"Sei que fui fanática, suicida"

Primeiro passo: admitir o papel que fiz no meio disso tudo.

"Abri mão da própria vida"

Segundo passo: perceber o que ganhei, o que perdi e o que jamais voltarei a recuperar.

"Fui refém e fui bandida"

Terceiro passo: analisar meus erros.

"Por querer te amar demais"

Quarto passo: analisar meus acertos.

"Quase entrei num beco sem saída"

Quinto passo: conversar com as partes indiretamente envolvidas para não deixar pontas soltas.

"Mas depois da despedida"

Sexto passo: livrar-me de todo o peso que estava carregando.

"Volto ao ponto de partida"

Sétimo passo: levantar da cama e encarar mais um dia.

"Pra encontrar o amor em paz"

Oitavo passo: voltar a atenção a mim mesma. Ao que necessito.

O nono passo, como já devem imaginar, é a repetição do sétimo e do oitavo. Ou seja, é viver. Voltar ao ponto de partida, abrir os olhos, encontrar o amor... seja ele próprio, seja ele de outra pessoa. Mas, principalmente, o próprio.

Se tem uma lição que aprendi no meio disso tudo, ela com certeza é: não faça de outra pessoa o seu combustível. Ache dentro de si o que necessita para seguir adiante. Se não consegue, procure uma pessoa que te ajude a trazer o melhor de si, que te faça olhar no espelho e encontrar aquela imagem há muito tempo perdida. Mas que não seja alguém de quem você precise. Afinal, só precisamos de nós mesmos.

Ajuda, carinho, sentimentos que vem de fora, tudo isso é muito bem vindo, claro. Mas não pode ser o nosso pilar. Não podemos nos sustentar com o que não é nosso. Tenho sorte de encontrar minha força dentro de uma família amorosa, amigos maravilhosos e sempre ter pessoas especiais que me inspiram a dar meu melhor todo dia. Mas, se um dia não tiver mais isso, consigo andar com as próprias pernas. Consigo deitar a cabeça no travesseiro, dormir e continuar o nono passo. Até que, um dia, encontrarei o décimo passo. A pessoa que poderá deitar comigo na cama e também fazer o nono passo todos os dias. Alguém que não me use de combustível, ou que não queira ser o meu, mas que me inspire e se sinta inspirado por mim.

E, aí, poderei mudar a música. De "Combustível" para "Entreolhares". E de "Entreolhares" para "Descomplicar". Até Ana Carolina virar Isabella Taviani, e o que já é descomplicado virar um "Diga sim pra mim"...

sábado, 14 de janeiro de 2017

Esta é uma postagem motivacional (ou "como cantar mal mudou minha vida")

Queria conversar, mas não tinha ninguém para fazê-lo, então, resolvi escrever.

Em mais uma das minhas manhãs de reflexão, acabei me lembrando de quando tinha oito anos. Eu era fofa. Mas cantava mal demais.

Sim, eu era criança, é normal ter essa coisa de não ser afinada, mas... exato, eu era criança!

Cresci em uma família cuja música não era mero hobby, era um estilo de vida. Minha mãe tem uma das vozes mais bonitas que já escutei, e meu pai não era o melhor cantor, mas tocava qualquer instrumento que dessem para ele, e ainda era afinado. Então, para mim, eles eram meus exemplos, meus modelos. Eu tinha que cantar bem também. É uma daquelas paranoias sem sentido, sabe?

Expectativa.
Desde pequena, meus pais encorajavam a gente a gostar de música, fosse através do exemplo ou nos dando CDs, até tivemos fitas cassetes e discos de vinil (alguns que guardo até hoje). Cantávamos juntos; meu pai pegava o violão vira e mexe para se distrair, eu aparecia, ele tocava e cantava, depois tocava para eu cantar, era muito legal! Ele e minha mãe aprendiam a cantar nossas músicas, só para "participarem do nosso mundo". Os melhores, sem dúvida. Eu aprendi desde pequena a tocar flauta, era uma paixão mesmo. Nunca desafinava... na flauta, né?

Porque, quando tinha 8 anos, descobri que cantava muito mal. Como? Foi num karaokê, durante um aniversário. Nunca vou me esquecer. Eu já não queria cantar. Subi lá com a minha irmã mais velha. Começamos, eu escutei minha própria voz pela primeira vez. Parei no meio da música e saí dali. De vergonha. Daquele dia em diante, eu treinava todos os dias em casa, pegava músicas e ia cantando até acertar. Pegava músicas diferentes, tons diferentes, roubava CDs das minhas irmãs e dos meus pais para poder treinar (eu acordava muito cedo, ia para a sala, treinava e guardava tudo antes que o pessoal se levantasse, aí ia assistir desenho).

Lembro bem que, dois anos depois, eu tive coragem de cantar de novo num karaokê, e cantei Catedral (sim, com 10 anos). Ainda estava desafinada, mas gostei da minha voz. E naquele mesmo ano, tinha uma daquelas cabines de gravar um CD, minha outra irmã quis gravar uma música, eu acabei indo também. Não vou falar a música aqui, mas eu gostei muito do resultado. Treinar ajudava, com certeza. Ainda não era aquela voz linda, mas era a minha voz um pouco mais afinada, eu sabia cantar no tom certo!

Comemorando!
Fui treinando cada vez mais, me empenhava mesmo. Aos 11 anos, comecei a ir nas aulas de teatro da escola em que a minha irmã mais velha dava aula. O professor pediu para cantarmos uma música, eu cantei "Flores em Você", do IRA!, estava nervosa até dizer chega, porque quando se canta mal em público, demora para se acostumar com a ideia de novo. E o feedback foi: "Viram? Ela começou a música em um tom e terminou nele. E é uma voz muito bonita." Isso vindo de um professor foi o que bastou para eu entender que já estava colhendo os frutos do meu trabalho. O teatro ajudou bastante, especialmente porque meus professores trabalhavam canto e respiração conosco, foi uma parte muito importante.

Claro, tiveram situações desconfortáveis, como uma amiga minha falando que a minha voz era feia dos 13 aos 16. Isso fazia eu não querer cantar em público (perto de pessoas conhecidas, porque eu canto na rua, e sei que é feio admitir isso, mas é tão libertador, sabe? E eu até já fui parada na rua por gente apenas para elogiar a minha voz, tipo... ganho meu dia quando isso acontece).

Fiz depois alguns meses de aula de canto, aprendi alguns exercícios, a professora me ensinou muito! Uma pena ter de parar. Mas era meu momento mais prazeroso do dia. Como dizia a professora: "Um momento para cuidar de você". E era verdade. Por quê? Bom, agora vem o resultado.

Wait for it...
Cantar mal mudou toda a minha vida.

Aprendi a focar em uma meta e me ater a ela (cantar bem). Aprendi a lidar aos poucos com a crítica, usar tanto as negativas quanto as positivas para melhorar, e lembrar que nem mesmo os melhores cantores agradam a todos, então, ter consciência do meu esforço sem deixar isso subir à cabeça, porque a verdade é que fiz o que fiz por mim, para mostrar que eu conseguia e para gostar mais de mim mesma. As aulas me ajudaram a respirar melhor, o que ajuda muito com a bronquite, e em muitas outras áreas, procurem os benefícios de se respirar direito e entenderão (ajuda até no raciocínio, com estresse, para dormir, são inúmeras as mudanças). Também descobri que não importa se desafino de vez em quando ou erro o tom, isso não mostra quem sou, mas qual a minha limitação, e fica a meu mero critério saber se arrisco tentar melhorar ou deixo como está. São 16 anos treinando, indo para 17. Se isso não serve para fazer uma pessoa se cobrar menos e se permitir errar mais, permitir-se a aprender com este erro, não há o que faça.

Em suma, a música foi um meio para me gostar mais, para entender parte do meu corpo, conhecer limitações e como superá-las. Mas lembrem-se: esta não é uma história linda de superação de limites, e sim de autoconhecimento e aprender a se gostar através de uma paixão. É ter força para mudar o que não gosta em si, mas visando sempre ficar feliz, porque mudar por fatores externos é errado.

Mudar, sempre visando uma evolução!
Posso dizer que, se não conseguisse cantar melhor, ficaria, sim, frustrada, porque já falei o quanto era importante. Não me foi algo imposto, foi a cultura da minha família aliada à minha autocobrança. Aposto que muitas pessoas já passaram por algo similar, ou seja, mesma lição, situações diferentes. E se você, que está lendo isso agora, acha que é um clichê, só posso dizer que... é, é sim. Não passei por isso apenas com a música, mas com dança, esportes, teatro... tudo sempre tentando me mostrar que sou capaz, a despeito do que eu acho ou as pessoas pensam. E se está passando por algo igual, meu conselho será sempre: faça por e para você. Ninguém mais irá fazê-lo. Então, faça. Só isso. Se o resultado não for o esperado, como foi meu caso com futebol, mas deixa essa para uma próxima, lidar com isso é o certo, e faz parte do amadurecimento.

Crescer é difícil, mesmo quando já se é crescido.
Mas o importante é sempre ir para frente, nunca voltar.

Tenham uma boa semana.

domingo, 30 de outubro de 2016

Vamos juntar os esquisitos?

Gente, eu li uma matéria esses dias que me deixou... disappointed but not surprised [at all]. Tem horas que eu acho até que Satanás passa dos limites, mas não tanto quanto a humanidade.

Explicando: lançaram na Inglaterra um site de relacionamento chamado Beautiful People. Neste site, você envia uma foto e ELES vão dizer se você se enquadra ou não. Qual o parâmetro? O olhão deles, ué! Este site aprova apenas 20% do total de fotos mandadas, ou seja, 80% de pessoas que se acham bonitas são, na verdade, inadequadas para este site. Ou seja, feias mesmo.

De acordo com o criador do site, fazendo um quote da tradução do R7, “se você está num bar ou num clube e você se aproxima de alguém, você vai se aproximar por quem você se sente atraído”, ou seja... pessoas feias não podem ser abordadas em bares!

#Acessível: flor branca sorrindo e, ao lado, a frase * Wow, that is utterly repulsive. (Uau, isso é absolutamente repulsivo.)

Tipo, se sua mãe te diz que você é uma pessoa bonita, os caras tem quatro quintos de chances de dizer que ela estava mentindo. Aí eles quebram a ilusão de que mãe não mente! Era só o que me faltava!

Tá, brincadeiras à parte, antes que falem algo sobre livre arbítrio, esse site é um desserviço a partir do momento em que parte da premissa de que existe um tipo de beleza aceitável, ou seja, padrão, e se esquece dos outros tipos de beleza que existem. Se alguém falar nos comentários qual o tipo de perfil que eles consideram, ou seja, quem são os 20%, vai ganhar um meme personalizado! Este site já está em Português, então, a resposta poderá ser em padrão BR mesmo!

Agora... acho até que em resposta, foi criado o site contrário a este. Um site chamado The Ugly Bug Ball, cujo único critério é: você se acha feio.

Você não é a única, Shirley!
#Acessível: a personagem Shirley Bennett, de Community, falando a frase escrita abaixo: "The Lord is testing me" (Deus está me testando).

Assim como o outro site, o único critério deste é algo totalmente subjetivo, a diferença é que você é quem vai externar sua falta de amor próprio procurando alguém que também tenha "coragem" de fazê-lo. Sim, eu sei que tem gente que vai falar: "nem sempre você falar que é feio é falta de amor próprio" e "tem gente que se ama mesmo sabendo que é feio". Mas é exatamente aí o ponto! Feio para quem? Feio por quê? Óbvio que é por conta de um padrão construído, e se é construído, não é 100% de dentro. Garanto que 90% do seu padrão vem de influências externas! E aí você vai procurar alguém igualmente "fora do padrão". A iniciativa é boa, mas está carregada de pré-conceitos. Você pode ser o padrão de alguém, você é uma pessoa bonita. Entrar num site desses, na boa, foge totalmente aos ensinamentos de RuPaul:

#Acessível: RuPaul falando a frase "Se você não consegue se amar, como vai amar outra pessoa?"

E se o site for apenas uma afronta à sociedade padronizada?

Se for este o caso, o conceito é aplicado de forma TOTALMENTE errada!

Primeiro, olhe para esta matéria da Tecmundo falando sobre o site. Está com preguiça de ler? Vou apontar 5 coisas que achei minimamente preocupantes:

1 - Retirado da página:
Já que as fotos dos membros cadastrados não ajudam muito, o site utiliza estatísticas interessantes para atrair novos usuários:
“Mais da metade dos solteiros do Reino Unido não são esteticamente privilegiados, logo, trate de encarar a realidade! Sem falar que as pessoas feias tendem a ser mais legais umas com as outras e a se esforçarem mais na cama na tentativa de agradar o parceiro.”

2 - Na própria página do TUBB, antes desse quote aí em cima, há o seguinte dizer:
"Welcome to Reality", ou seja, "Bem vindo(a) à realidade"!

3 - Eles apelam para o mito do "feinho, mas legal, fiel, parceiro", ou seja, aquela ladainha compensação básica que já vimos ad nauseam.

4 - Fotos de pessoas que não podem nem ser consideradas feias, mas que parecem exagerar nos ângulos e etc para parecê-lo. E pessoas com fotos ótimas também, e que não são feias, só estão fora do padrão.

5 - Isto aqui:
"Mais da metade dos pretendentes não são bonitos, então, em vez de ficar caçando em uma pequena piscina de beleza e não indo a lugar nenhum, mergulhe em um oceano de feiúra e tenha mais escolhas."

Falando bem sério, se fosse apenas uma afronta ou pegadinha, eu daria risada junto, mas as pessoas que estão nesse site realmente não se acham bonitas e se sujeitam a aceitar a IDEIA de "um oceano de feiúra", que nada mais é do que outras pessoas que igualmente "brigam com o espelho".

Isso sempre me lembra as minhas amigas bonitas da escola. Elas queriam me juntar com um dos meus melhores amigos, porque os "equisitos ficam bonitinhos juntos"! Essa é uma ideia muito difundida na sociedade, a de que aqueles fora do padrão sempre se merecem, "porque uma pessoa padrão só pode gostar de alguém fora da bolha se o interesse for outro, tipo grana ou etc". Olha essa mentalidade!!!!!

Vocês já viram um casal "feio" ser chamado de casal fofo por pessoas padrão? Pois é, porque os "esquisitos" formam um casal "fofo". Termo infantilizado, usado para diminuir pessoas. Como eu sei? Anos sendo a esquisita.

Então, esse site é uma forma de externar, sim, essa mentalidade, tanto quanto o site que exclui os feios.

Foi uma "boa tentativa", mas não me desceu...
Date app e site de relacionamento já é um assunto complicado. Imagina, então, você ter que passar por meios estapafúrdios de seleção ou ter que se colocar num patamar abaixo do que realmente é? De novo, todo mundo pode ser padrão de alguém. Reforçar essas construções de que A é bonito e B é feio só serve para afastar essas pessoas que poderiam querê-las por inteiro.

Não sei se é muita viagem minha. Claro que todos tem direito de ficar aonde quiserem. Mas toda boa iniciativa deveria servir para deixar as pessoas bem, não para reforçar coisas que as façam sentir mal. Quem quiser usar o site, tudo bem! Só não acredite na ladainha de que você não pode ser atraente a alguém. Sério. Ame-se antes de tudo.

E tenha uma boa semana! (:

domingo, 25 de setembro de 2016

Músicas para aguentar essa barra que é gostar do Brasil

Primeiramente...

E agora, bom dia.

O Brasil está uma confusão só. Se jogar lona, vira circo. Brasileiros estão buscando ainda um pouco de fé e esperança. Por mais que falemos mal do nosso país, não acredito que odiemos tudo nele. Nós o amamos, queremos o melhor para ele, mas parece aquele crush que dá expectativas e fica só nisso.

#Acessível: na imagem, uma barra de metal, acompanhada da frase "Então me ajude a segurar essa barra que é gostar de você" e do site de onde foi retirada (geradordememes.com).
Didididididieeee...
Em tempos de relacionamento difícil, sempre temos nossas musiquinhas de fossa e esperança, que nos ajudam a afogar as mágoas e seguir em frente, por mais que doa. A seguir, listarei cinco músicas que condizem com nossa situação atual.

5 - Hot N Cold - Katy Perry

Na vida, eu sou a melancia que ela derruba.

Em tempos de instabilidade, nada melhor que uma música que fale sobre isso. Um doce para quem adivinhar quem é o nosso Alexander!

4 - Please, don't leave me - Pink



É aquela história, né? A gente xinga, grita, fala mal... mas na hora que o país realmente se divide, a gente luta até tropeçar nas bolinhas de gude e quebrar todos os ossos. Não... não é para fazer sentido, só a letra tem que fazer sentido!

3 - Elevador - Ana Carolina


Esse é um hino de casais que estão se separando, mas a pessoa ainda tem uma esperança e quer te amar. Brasil, eu subo bem alto pra gritar que é AMOOOOR!!!!!

2 - Mais uma de amor - Lulu Santos


A qualidade da música não é das melhores, mas tá valendo.
Duas observações:
- "O que eu ganho, o que eu perco, ninguém precisa saber" -> não se aplica ao Brasil, eu preciso saber o que ganho ou perco, sim!
- Esta é aquela música de amor tímido, que você quer contar ao mundo, mas prefere fazer uma média no Facebook e falar de cachorrinhos em vez de discutir política. (Cachorros são fofos, mas vocês entenderam meu ponto.)

1 - Na sua estante - Pitty


Postando só o áudio, porque o clipe me faz mal.

Quem nunca escutou essa música num fim de relacionamento, atire a primeira pedra! Esta música é o hino para a pessoa que está tentando se recuperar de uma decepção muito grande. Brasil, nós estamos aqui, mas se continuar com essas surpresas e não nos ver, pode ser tarde demais!!

Não estou aqui para fazer nenhuma propaganda partidária, mas estou vendo muitos corações partidos, muita divisão de opiniões, muita sacanagem escancarada. Independente de orientação política, todo brasileiro está passando por uma fase de tentar amar de novo seu país, barganhando por esperança, como num fim de relacionamento, O resultado? Aguardemos os próximos capítulos. Enquanto isso, bora segurar essa barra que é ser brasileiro.

Faixa bônus: Cheia de Manias - Raça Negra


Didididididiêe!

Tenham uma boa semana! (:

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Bem e mal, bem com mal... - Parte 1

Como todo post meu, ele se inicia por conta de... uma música! Uma música puxa uma pesquisa, que puxa cena, que puxa um fato, que puxa uma reflexão, que puxa um texto, que vira um post. É, acho que pode-se dizer que não sou uma pessoa tão normal assim.

Bom, a bola da vez foi a música Dark Necessities, do Red Hot Chilli Peppers.


Só posso dizer que conheci essa música na rádio e já considero pacas.

Primeiro que eu sou uma ex-aprendiz de baixista que tem verdadeira paixão musical pelo Flea. O cara é um dos melhores baixistas do mundo e fim. Segundo que toda a melodia carrega a gente pra dentro da música. Mas o principal, e o que me levou a escrever aqui foi... a letra. Nem o clipe, por isso que eu não o coloquei aqui, só o áudio.

Dark Necessities, de acordo com as minhas fontes, fala sobre o nosso "dark side", se é que você entende a referência...Onde que eu parei mesmo? Ah, sim, a letra! Vamos continuar...

Não precisa de legenda!
Achei em uma delas algo que me chamou atenção, mas não vou aprofundar: uma referência a Carl Gustav Jung. Aqui fica uma ideia para quem é da Psicologia e goste de falar sobre esses assuntos polêmicos (Isa, aqui é a sua deixa). Sem aprofundar, procurei o conceito de "Sombra" na visão de Jung, vou deixar um link aqui para dar um embasamento, e deixar duas palavrinhas sobre esse mérito: eu concordo.

Concordo com a minha fonte, no caso. Essa música tem um pouco dessa Sombra. Vejam a letra e reflitam:

Saindo em direção à luz do dia, nós temos
Muitas luas que estão em jogo, então eu
Fico de olho no sorriso da sombra
Para ver o que ela tem a dizer
Você e eu sabemos
Que tudo deve ir embora
Ah, o que me diz?

Um nó que está girando em torno do meu coração é como
Um pouco de luz e uma pitada de escuridão, você foi
Surpreendido por um ataque do zodíaco
Mas eu vejo o seu brilho
Aproveite a brisa e vá
Acompanhando cada sopro e vá embora
Oh, o que me diz?
Yeah

[Refrão]
Você não entende a minha mente
Você não conhece o meu tipo
Necessidades obscuras são parte do meu projeto
Diga ao mundo que eu estou
Caindo do céu
Necessidades obscuras são parte do meu projeto

Tropeçando pelo estacionamento, você não tem
Tempo para pensar duas vezes, eles estão como
Um sorvete para um astronauta
Bem, isso sou eu procurando por nós
Vire na esquina e
Encontre o mundo sob o seu comando
Jogando com as melhores cartas
Yeah

[Refrão]

Você quer esse meu amor?
A escuridão nos ajuda a brilhar
Você quer, você quer ele agora?
Você quer ele por todo o tempo?
Mas a escuridão nos ajuda a brilhar
Você quer ele, você quer ele agora?

Te pego como um livro em brochura com
Traços de um maníaco, então eu
Me mudo enquanto desfazemos as malas
É a mesma coisa de ontem
Em qualquer lugar que estamos
Tudo deve ir
Oh, o que me diz?
Yeah

[Refrão]

Seguindo a letra, conseguimos ver que seria, vamos colocar hipoteticamente, como um homem falando para uma mulher que ele possui um lado obscuro, o qual ela não conhece, e que esse lado traz luz para ele, afinal, "a escuridão nos ajuda a brilhar". De acordo com a Wikipedia e outras fontes:
"Kiedis said that he went to Hawaii and worked on the lyrics to the song which speak to the beauty of our dark sides and how much creativity, growth and light actually comes out of those difficult struggles that we have on the inside of our heads that no one else can see." (Tradução livre: Kiedis disse que ele foi ao Havaí e trabalhou na letra para a música, que fala sobre a beleza de nossos lados sombrios e quanto de criatividade, crescimento e luz de fato vem desses difíceis conflitos que temos dentro de nossas cabeças e que ninguém pode ver.)
Olhando uma discussão no Reddit, alguns usuários colocaram que essa música seria parte sobre o término de uma relação por conta disso. Outros falaram que essas "necessidades" podem ser as drogas, o que é um tema já muito presente no trabalho da banda. Terceiros, quartos, quintos especularam sobre várias coisas. Vou listar uns pontos interessantes. As necessidades podem:
- ser as drogas;
- remeter ao lado obscuro de um ser (essa é a versão oficial);
- ser referência à tal sombra do Jung;
- denotar a questão da traição, da necessidade de um relacionamento aberto ou até os gostos peculiares estilo Christian Grey (pausa para uma risada aqui, com todo respeito à autora).

Independente da especulação, drogas, fetiches, traição, tudo isso faz parte do que nós chamamos de vícios das pessoas. E a Cultura Pop parece ter gostado de representar esses vícios, porque começou e não conseguiu mais parar! Não me entendam mal, talvez não seja uma coisa ruim. Ou pode até ser...


Falando de Cultura Pop nas HQs, nós sempre tivemos personagens que lidam com essas diferenças. Batman, o Justiceiro, a própria Arlequina tem seus momentos. Mas nós tínhamos Superman, Capitão América, eles eram os ícones da bondade, e fim! Superman nunca mataria, mas já se foram as vezes que fizeram Superman matar, fosse qual fosse o motivo, independente de ser nas HQs, apesar de que justamente nos quadrinhos, num Universo alternativo, ele enlouquece e mata o Coringa; o próprio fato de enlouquecer já remete a algo que estava no interior dele, à sombra. Mas a questão é justamente a imagem do Superman matando, para os fãs convencionais, isso não deveria acontecer nem em outros universos (pausa para agradecer a minha amiga Vi, que pra variar me ajudou a confirmar isso ♥ ). Capitão América é um Vingador, até que fizeram ele ser um espião da HYDRA e inverteram a história. Se continuarmos nessa pegada, na verdade, a gente chega à própria S.H.I.E.L.D., que foi invadida pela HYDRA e, na verdade, não sabia que possuía agentes da organização inimiga entre os seus. Isso acontece tanto nos quadrinhos quanto no filme do Capitão América quanto na série, mas vou usar a série, porque fica melhor de ilustrar.

Em Marvel's Agents of S.H.I.E.L.D., a equipe do Phil Coulson, na primeira temporada, é aquela coisinha bonitinha, unida, que todo mundo se ama. Mas o Phil vira um obcecado com o que aconteceu com ele e coloca o pessoal em risco. A May fraqueja por conta do passado dela. Fitz-Simmons amadurecem de forma dolorosa, sendo que a Simmons deixa de ser aquele poço de compreensão e acha que as ameaças devem ser eliminadas (menos quando é amigo, aí ele só tem que ser enjaulado e contido). Ward é um agente duplo. Skye, bom... quem não assistiu, assiste. O único homem de valor incontestável é o Agente Trip, e ele morre, porque os bonzinhos morrem cedo, como herois, e isso desestabiliza a equipe, formando um antigo clichê.


Atualmente, venho reparando que sempre que uma personagem é verdadeiramente o espírito do bem, da moral, do certo, de três, uma: ela não é inteiramente boa e isso vai se mostrar em algum momento; ela vira o pior dos vilões; ela tem que morrer em algum momento. Ou seja, mantenha-se conectado ao seu lado sombrio para sobreviver e continuar mocinho. Não tenho certeza do que essa mensagem pode causar nas gerações novas. Vou deixar essa reflexão para outra postagem.

O importante aqui é entender que a morte dessa personagem faz com que as pessoas dentro de um ambiente controlado comecem a sair do status quo, e é aí que os vícios aparecem. Como ninguém está preparado para lidar com o lado desconhecido do coleguinha, todos se desestabilizam. Isso é um reflexo da vida real, você vê famílias se destruírem diariamente por conta da falta de estrutura para lidar com o lado diferente de alguém. Quantas vezes escutamos "você não era assim", ou "você mudou", quando continuamos os mesmos? Será que existia algo em nosso íntimo que passamos a mostrar e desagradou aos outros? Por que tínhamos que manter isso escondido? E é assim que eu fecho o ciclo maravilhosamente, falando que, na minha opinião, a música Dark Necessities escancara isso para quem quiser ouvir!

O ser humano não está preparado para nada que seja diferente!

Nós sabemos disso. Adoramos o status quo. Amamos o que é verdade, o 8 ou 80. A magia da pureza. Cercamo-nos de fadas e bons duendes, e a bruxa que fique na floresta escura! Aí, uma nova geração de desenhistas, escritores, cineastas e etc. começam a invadir esse espaço com seus meios termos, seus anti herois, seus vilões carismáticos, jogando seus Malvados Favoritos na cara dos nossos filhos. A sociedade não gosta disso. E uma música coroa tudo isso com um refrão cheio de convicção:

Você não entende a minha mente
Você não conhece o meu tipo
Necessidades obscuras são parte do meu projeto
Diga ao mundo que eu estou
Caindo do céu
Necessidades obscuras são parte do meu projeto

Nós não conhecemos ninguém de verdade! Não queremos conhecer. Também não queremos nos mostrar. E fim.

E é com esse desfecho que eu desejo a todos...
Tenham uma boa semana! (:

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Cake by the Representatividade :D

Estava pelas Internets da vida quando resolvi reler um post da minha amiga, Lika Gior, falando sobre a representatividade gorda na indústria e a forma equivocada como ela é feita. Ela dá uma dica de como é fácil você mudar isso, simplesmente parando de botar o peso das pessoas na música, afinal, antes de ser gordo, magro, alto, baixo, todo mundo é ser humano.

Ou quase.

Como ela mesma disse na postagem, não é algo difícil, se você levar em consideração que uma música de amor pode falar sobre qualquer pessoa, não somente alguns tipos físicos e etc. As letras são a parte que transmitem a intenção do cantor/da banda. Mas não quero falar da música em si. Quero falar do clipe.

Já faz um tempo que essa nova leva de cantores e bandas tem feito um trabalho maravilhoso em relação a representatividade dentro de seus clipes. É um passo pequeno, já aviso, mas virtualmente é um grande progresso. Vou tomar como exemplo o clipe de Cake by the Ocean.


Neste clipe, vemos que eles não se focaram num estilo de corpo e colocaram pra ser o centro. São pessoas se divertindo. A pegada da música tem um quê de insinuante em algumas partes, eu confirmei pelos reviews. Mas olhe a quantidade de tipos físicos simplesmente se divertindo, sem neuras?

Justin Bieber fez isso também em Sorry. Não que eu curta o cara como pessoa, vamos combinar que ele não é flor, as Beliebers que me perdoem. Mas o clipe dele foi bom. Você tem diferentes tipos de bailarinas, e a música não fala sobre a mulher ser gostosa ou qualquer coisa do gênero.

Demi Lovato com a visibilidade LGBT.

A primeira vez que vi algo com tanta representatividade foi na música da Colbie Caillat sobre a beleza da mulher, Try, com o clipe das moças tirando a maquiagem. Mas a música em si era voltada para isso.

Beyoncé e o empoderamento negro, nem preciso falar muito, não é?

Não, não preciso.

Minha única ressalva é a falta de representatividade de pessoas com deficiência. Procurei em todos os cantos e não achei nada que pudesse ser considerado de impacto global, exceto textos e mais textos sobre exatamente a falta de representatividade na mídia, ou o apelo aos estereótipos.

Sobre Cake by the Ocean, acho que eles acertaram totalmente, desde a letra, a melodia, o clipe. O foco da música é entretenimento, e esse entretenimento não precisa necessariamente contar com um fan service meia boca de mulher gostosa, pode incluir seres humanos no geral (e aliens também, por que não??). Músicas de militância são bem vindas, músicas de empoderamento são ótimas, e nós agradecemos! Mas queremos ser lembrados também em momentos que antigamente não nos diziam respeito, como nas músicas de amor, nas músicas sobre diversão. Todos os tipos de pessoas diferentes que gostam de coisas diferentes podem ser representados. É fácil fazer um clipe para pessoas que gostam de: sair pra algum lugar ou ficar em casa, beber ou ficar sóbrio, ter amigos ou ficar sozinho. Pra que ficar insistindo no mais do mesmo?

Let's lose our mind and go crazy crazy! ♫

Bora inovar?

Tenham uma boa semana! (:

quarta-feira, 27 de julho de 2016

O que não é este blog?

Sim, eu voltei, com um blog diferente. Quem já me conhecia do Mais Uma Garota Urbana, sabe que eu passei por uma mudança de mentalidade, e revendo minhas postagens, percebi o quanto, na minha concepção, evolui como ser humano. Amadureci. Perdi algumas amarras. Deixei de falar com algumas pessoas. Mas ainda não perdi minha mania de ficar pensando fora da caixinha, e acho que isso é uma boa coisa. Então, descobri que para um blog ser bom, ele não precisa ser extenso, e sim com textos que as pessoas possam entender.

Cultura da Desinteligência foi um endereço de e-mail e uma página que fiz ano passado, mas que resolvi deletar tudo e começar de novo. Trarei alguns conteúdos do MUGU para cá, manterei meu nome, mas com a minha nova cabeça, mais relativamente madura, porque a Ana de 30 pode virar pra de 24 e falar "Como você era estúpida, miga".

Este blog tem o intuito de trazer coisas sobre cultura, porque cultura é tudo de bom. Mas o que não é este blog?
O CdD não é sobre:
- dicas de beleza, porque vamos combinar que eu não sou alguém expert nisso, mas posso recomendar alguns nomes muito bons se alguém quiser;
- dicas de pegar o crush, cada pessoa é uma pessoa;
- militâncias diversas, ainda que minhas opiniões tenham base nas minhas crenças, não pretendo militar por uma causa, então, opiniões que prejudiquem o que eu quero passar não serão postadas, embora eu coloque links para leitura e reflexão.

E o que é este blog?
Um local que falará sobre cultura geral. Exatamente isso. Pretendo fazer um projeto paralelo e reabrir meu local geek, mas aqui, é para uma reflexão sobre o que nossa cultura produz. Não vou falar que é isento de julgamento, porque não existe análise imparcial. Mas tentarei ser didática apenas.

Divirtam-se quando for divertido, reflitam quando for para reflexão.
E, como sempre...
Tenham uma boa semana! (: